sexta-feira, 23 de julho de 2010

Os demônios tremem diante do nome de Maria




A castidade é uma virtude valiosíssima. Mas, assim como quem leva na mão uma vela acesa deve ter cuidado para que ela não venha a apagar, assim também aqueles que desejam preservar a castidade devem estar atentos e vigilantes para que não caiam em tentação. Na oração do Pai Nosso, pedimos a Deus que “não nos deixeis cair em tentação”. O pedido é uma amostra de humildade, pois devemos reconhecer que, por nós mesmos, não somos capazes de viver a pureza. É, ao mesmo tempo, um compromisso. Se não queremos cair em tentação, pedimos a Deus que nos ajude e também firmamos o propósito de evitar a ociosidade e as ocasiões de pecado.
Santo Afonso de Ligório dá várias orientações a quem deseja preservar a virtude da castidade. Ele fala da necessidade de recepção assídua dos sacramentos da Eucaristia e da Penitência, “da modéstia dos olhos, da vigilância sobre as inclinações do coração e da fuga das ocasiões perigosas”. O doutor da Igreja também fala da devoção à Santíssima Virgem Maria. “Quantos jovens não se conservaram puros e castos como Anjos, devido à devoção à Santíssima Virgem!” Quer essa boa Mãe que todos aqueles que desejam ser puros a ela recorram; Maria, que foi exemplo de pudor e pureza nesse mundo.
A Liturgia nos propõe, no dia de hoje, a memória de Santa Brígida da Suécia. O Senhor por diversas vezes lha revelou, através de mensagens, a Sua Palavra. Sua Mãe, Maria Santíssima, por diversas vezes se comunicou com ela. Abaixo uma pequena mensagem de Nossa Senhora a essa gigante da Igreja:
“Os demônios todos se espantam e temem meu nome. Ao som do nome de Maria, soltam imediatamente a presa que tenham em suas garras. Da mesma forma que uma ave de rapina com a presa em suas garras, a deixa quando escuta um ruído e volta depois quando vê que não era nada, igualmente os demônios deixam a alma, assustados, ao ouvir meu nome, mas voltam de novo rápidos como uma flecha a menos que vejam que depois se produziu uma emenda.”
- Revelação de Nossa Senhora a Santa Brígida da Suécia
Profecias e Revelações, livro 1, capítulo 9
A Ladainha de Nossa Senhora invoca Maria como Refúgio dos Pecadores. Quer Maria que todos os pecadores, quando estiverem tentados a pecar contra o Seu Divino Filho, recorram a ela.
Diz o Senhor à serpente: “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela” (Gn 3, 15). São Luís de Montfort comenta: “Uma única inimizade Deus promoveu e estabeleceu, inimizade irreconciliável, que não só há de durar, mas aumentar até ao fim: a inimizade entre Maria, sua digna Mãe, e o demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e sequazes de Lúcifer; de modo que Maria é a mais terrível inimiga que Deus armou contra o demônio.” Sendo essa uma sublime verdade, é verdade também que todos os pecadores, quando assaltados pelo demônio, devem invocar instantaneamente a proteção dessa santa Mãe.
Os demônios todos se espantam e temem o nome da excelsa Mãe de Deus. Que belíssimo tesouro é para os cristãos a devoção a Nossa Senhora! “Em certo modo – diz o Venerável Pio XII -, essa devoção encerra em si todos os outros meios: quem a cultiva sincera e profundamente é levado a vigiar e a orar, a aproximar-se do tribunal da penitência e da sagrada mesa” (Sacra Virginitas, n. 62).
Exulte, por isso, a nossa alma, ao ouvir o nome de Maria! Glorifique ao Senhor os nossos lábios ao contemplar a riqueza que está escondida na devoção a Nossa Senhora! Tremam os infernos diante desse maravilhoso nome! Proclamem os pecadores, quando lhes sobrevier as tentações, as maravilhas que o Altíssimo fez na vida da Mãe de Deus! Sejam todos confortados pela humildade dessa doce, pia e clemente Virgem.
Santa Brígida, que experimentou uma relação íntima de amor com Maria e seu Divino Filho, interceda por todos nós junto a Deus, para que sejamos sempre livres do pecado. Confiando na intercessão da Santíssima Virgem Maria, possamos todos nós ser consolados nos momentos de aflição.
Santa Brígida,
rogai por nós!
Maria, Mãe da Divina Graça,
rogai por nós!
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/
www.rainhamaria.com.br

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pe. Jonas também se enganou.


Testemunho de um sacerdote brasileiro No livro “Sim, sim! Não, não!” (1) o monsenhor Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova, aborda algo de uma grande confusão teológica no meio Católico que passou ocorrer a partir das décadas de 60 e 70 como conseqüência direta da ambigüidade doutrinária da “nova era” assimilada por muitos elementos da Igreja.


"Eu também me enganei"

Com o título Eu também me enganei, o monsenhor Jonas conta como caiu na “isca” de uma prática da “nova era” muito comum: um curso de controle mental. Isso ainda na década de 70.





Relata ele com sinceridade:

“Fiz um curso em São Paulo, dirigido por um mestre de controle mental que veio dos Estados Unidos. Fiquei fascinado com o controle mental. Já participava da Renovação Carismática. Mas fiquei tão impressionado com tudo aquilo que vi, que cheguei a imaginar que ali estava um caminho de salvação para muitas pessoas. Voltei para casa decidido a pôr em prática o que aprendi no curso de controle mental.”



Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas

Ao chegar em casa Jonas confessa que estava muito feliz e abre a Bíblia para agradecer a graça daquele curso. Mas, curiosamente, depara com a seguinte passagem:

“Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. Pelos seus frutos os conhecereis (Mt 7,15-16a)”.

Depois de abrir várias vezes as Escrituras e deparar com passagens semelhantes, Jonas confessa que estava tão cego que não entendeu. No entanto orou e compreendeu que deveria continuar no curso mas em estado de alerta.

“Na minha região, muitas pessoas que já haviam feito o curso de controle mental faziam reuniões de mentalização e mandavam energias para lá e para cá, e eu era convidado a participar dessas reuniões”, confessa o sacerdote.

Mesmo assim continuou orando com humildade para obter discernimento:

“Senhor, pode ser que esse curso seja maravilhoso, e eu esteja impressionado... Mas pode ser que realmente seja um curso de lobos com pele de ovelhas... Dá-me o discernimento, porque eu não tenho”.





"As pessoas que praticavam aquele método de controle mental transferiam sua fé para a própria mente"






Monsenhor Jonas então passou a perceber que o curso se direcionava para convencer as pessoas de que elas eram “seres superiores”, porque sabiam usar a própria mente e com ela realizar coisas prodigiosas.

Ele prossegue em seu depoimento:

“Naquele curso éramos continuamente convencidos de que podíamos, pela força da mente, buscar poderes especiais. Eu percebia também que as pessoas que praticavam aquele método de controle mental transferiam sua fé para a própria mente. Elas acreditavam na sua força pessoal, e não naquele de que vem toda a força. Cada dia mais as pessoas tornavam-se egocêntricas, orgulhosas e auto-suficientes”.

Quando analisamos toda e qualquer doutrina proposta pela "nova era" imediatamente percebemos claramente a velha e eterna proposta da Gnose:

"... vós sereis como deuses..." (Gn 3,5)





"Eu sou a fonte de tudo, eu não preciso pedir... A força está em mim..."




A oração, que na verdade é um ato de humildade e reverência ao Criador, “consistia em mandar energia para essa ou aquela pessoa; não era uma oração de súplica, de louvor ao Senhor. Não era mais pedir com humildade: ‘Senhor, tem piedade de mim, socorre-me e alcança estas pessoas... estas situações...’ Não. Era totalmente o contrário: ‘Eu, o todo poderoso, que tenho a minha mente controlada, posso mandar energia para tal pessoa... faço mentalização para as pessoas serem curadas... Eu sou a fonte de tudo, eu não preciso pedir... A força está em mim... O poder está em mim: basta canalizar este poder’”.

Monsenhor Jonas conta que viu grupos de cursilhistas e seus dirigentes caírem totalmente nessa tentação. “Vi irmão de renovação, religiosas e colegas perderem a fé. Vi religiosas mudando totalmente seu comportamento: escolheram fazer mentalização em vez de participar da Eucaristia, em vez de rezar o Ofício Divino ou as própria orações” (práticas de praxe para os religiosos consagrados a Deus, conforme a milenar tradição cristã).



A influência das doutrinas da “nova era” no esfriamento da fé



Conforme podemos ver, a experiência desse sacerdote ocorre exatamente em consonância com nosso presente estudo, no que diz respeito à influência da “nova era” no esfriamento da fé.

Com clareza, o monsenhor Jonas traça o passo-a-passo da conspiração gnóstica:

“Por graça de Deus fui percebendo que a prática do controle mental partia de uma verdade: Deus habita em nós. Mas logo acrescentava: o lugar de Deus é o nosso inconsciente. Por isso, explicavam eles, com a força do meu inconsciente, a minha mente mais profunda, de onde me vem todo o poder, posso fazer tudo... Nada me é impossível. Eu posso tudo: basta retirar a força que lá está e aplica-la ao objetivo a que me propus. Eu posso tudo. A força está em mim. O poder está ao meu alcance”.
Se ‘o meu inconsciente é Deus’, então ‘eu sou deus"



Se ‘o meu inconsciente é Deus’, então ‘eu sou deus’”

A partir de então Jonas passou a perceber que “pouco a pouco, e muito sutilmente, essas pessoas iam mudando a linguagem e também a realidade. Já não diziam que Deus estavam no meu inconsciente, mas que ‘o meu inconsciente é Deus’”.

E como vimos até aqui, nisto consiste a astúcia das doutrinas gnósticas: inverter os significados e a criatura tornar-se o Criador.

Conforme seu testemunho, “os dois passos seguintes eram bem mais fáceis e mais rápidos: o meu inconsciente é o meu eu profundo. Portanto, se ‘o meu inconsciente é Deus’, ‘eu sou deus’”.



Buscar o mestre. O mestre existe. O mestre é alguém!


‘Não. Não é uma ficção. O mestre existe. O mestre é alguém!’
Mas a coisa não pára aí:

“Por graça de Deus pude perceber que nos tais cursos de poder da mente há um momento-chave para o qual tudo converge e para o qual tudo foi mera preparação: o momento em que a pessoa ‘busca’ e então ‘recebe’ um ‘mestre’ (...) A pessoa é levada e convencida a buscar o tal mestre. Ela precisa querer. Ela precisa como que atrair esse mestre, que a vai aconselhar e conduzir dali para frente”.
Com mestria, esse sacerdote percebeu muito bem a armação gnóstica contida nesses tipos de curso: “O momento-chave para o qual tudo converge no decorrer do curso é ‘buscar e receber o próprio mestre’”.

“Para tirar qualquer dúvida” —continua o sacerdote em seu depoimento, “fiz questão de consultar o dirigente do curso: ‘Este mestre de que vocês falam não é alguém, não é verdade? Ele é apenas uma ficção mental. A gente acaba chamando de mestre, de conselheiro, de guia, o nosso próprio inconsciente que nos responde e nos direciona, não é?’

“O dirigente me olhou sério e afirmou: ‘Não. Não é uma ficção. O mestre existe. O mestre é alguém!’

“Foi o suficiente. Entendi tudo. Vi a semelhança com tudo o que acontece com os gurus nas religiões orientais. Eles levam as pessoas a receber o próprio mestre que os orienta e conduz.

“Naquele momento foi como se o Espírito Santo gritasse no meu ouvido: ‘Não quero que coloquem a própria vida para ser guiada por nenhum outro que não seja Jesus, o Senhor!’”





"Entre num quarto escuro, coloque um espelho na sua frente e uma vela de cada lado. Concentre-se. Peça o próprio mestre. O restante depois você me conta...”


O instrutor respondeu: "Entre num quarto escuro, coloque um espelho na sua frente e uma vela de cada lado. Concentre-se. Peça o próprio mestre. O restante depois você me conta...”
Como prova final o monsenhor Jonas relata que Deus ainda lhe deu mais uma graça:

“Eu nem fui procurá-la. Um rapaz veio a mim para contar que tinha feito um desses cursos de controle mental. Aplicou-se tanto e foi tão bem sucedido na aplicação do que lhe haviam ensinado, que resolveu procurar o instrutor e contar as coisas mirabolantes que tinha conseguido. O instrutor, depois de ouvi-lo, acabou afirmando que ele havia conseguido em pouco tempo o que se consegue só depois de três ou quatro anos de treinamento. Em seguida lhe disse:

“— Olha, você já progrediu muito. Só lhe falta um mestre.
“E o rapaz perguntou:
“— E o que eu preciso?
“O instrutor respondeu:
“— Entre num quarto escuro, coloque um espelho na sua frente e uma vela de cada lado. Concentre-se. Peça o próprio mestre. O restante depois você me conta...”





"Disse o rapaz: Do espelho veio uma estranha figura amarelada, que se projetou sobre mim"


"Agora você tem seu mestre, lembra-se do que eu lhe falei?"
O padre Jonas Abib lembra que, “horrorizado, o rapaz me contou que naquela mesma noite ele fez o que o instrutor havia lhe instruído. Ele me disse:

“— Do espelho veio uma estranha figura amarelada, que se projetou sobre mim. Dali para frente senti que aquela coisa me conduzia. Era o meu mestre e ele tinha todas as respostas para minhas perguntas. Fiquei impressionado e fui conversar com meu instrutor. E ele, satisfeito, dizia: ‘Agora você tem seu mestre, lembra-se do que eu lhe falei?’

O rapaz então relatou ao sacerdote que realmente aconteceram coisas impressionantes com a ajuda do tal mestre. Ele atingiu um grande sucesso financeiro. Tudo o que ele queria conseguia: desde resolver um negócio insolúvel até conseguir um táxi numa rua deserta.





"Como não vai fazer? Nós fizemos um pacto!"


Passado um tempo” —relata monsenhor Jonas, “o tal mestre começou a lhe propor coisa com as quais o rapaz não concordava moralmente
“Passado um tempo” —relata monsenhor Jonas, “o tal mestre começou a lhe propor coisa com as quais o rapaz não concordava moralmente. A família dele era evangélica e ele tinha recebido uma educação segundo a Palavra de Deus. Agora ele estava bem afastado da igreja, mas mesmo assim sua consciência não podia concordar com as coisas que o mestre lhe mandava fazer, e ele passou a recusá-las. Daí começaram os choques entre ele e o mestre:

“— Como não vai fazer? Nós fizemos um pacto! Ou você faz ou vai se arrepender.
“— Não, não vou fazer. Não concordo com isso.
“Então você vai sofrer como um cachorro!
“— Posso sofrer... mas não vou fazer!
“O rapaz me contou que naquele momento ele sentiu um calafrio da cabeça aos pés... A partir daquele dia tudo se transformou: desde dores por todas as partes do corpo até o fracasso em seus negócios, tudo aconteceu. O que ele tinha ganhado ele perdeu. Entrou em desespero... Sua vida se tornou um verdadeiro tormento...
“Até que resolveu voltar a Lorena, sua cidade, e foi visitar uma família evangélica que ele conhecia havia muito tempo.
“No caminho passou uma moça por ele dizendo:
“— Nós temos um recado para você no terreiro de umbanda esta noite.
“Estava tão desesperado que pensou em ir ao terreiro. Mas, graças a Deus, continuou o seu caminho e, chegando à casa daquela família, o senhor que o recebeu, muito firme e convicto, logo ao abrir a porta, levantou o dedo em direção do rapaz e disse:
“— Afasta-te, Satanás!
“O rapaz me contou que naquela hora ele sentiu um calafrio maior do que naquele da primeira vez... Mas logo lhe veio uma grande paz! Cambaleou... Entrou na casa e começou a chorar compulsivamente. E o senhor lhe disse:
“— Me perdoe. Eu não sei o que aconteceu. Quando você abriu a porta, eu o vi e reagi desta forma...
“— O senhor tem toda a razão. Sinto que fui longe demais com o tal curso de controle mental. Por isso o inimigo acabou me possuindo. Obrigado. Na hora em que o senhor gritou: ‘Afasta-te, Satanás!’, a minha libertação aconteceu. Por favor, me ajude. Eu preciso muito de oração”.





“Minha única segurança agora é a Palavra de Deus e a oração"

Monsenhor Jonas relata que a família inteira acorreu e rezou por ele longa e fervorosamente. A libertação aconteceu. Mas o rapaz confidenciou ao sacerdote:

“Minha única segurança agora é a Palavra de Deus e a oração. Sinto continuamente o inimigo me rondando. Infelizmente, fui longe demais.”





"Atrás da isca do controle mental, quem está pescando é Satanás"


"Graças a Deus, pelo poder do Espírito Santo fui convencido do meu engano e da minha ingenuidade e fui liberto”
Nesse capítulo do livro do monsenhor Jonas, ele comenta:

“Eu lhe digo: atrás da isca do controle mental, quem está pescando é Satanás. As pessoas dizem que existem padres e religiosas dando cursos de controle mental. Eu sei! Eu poderia ser um deles, se Deus não tivesse me salvado. Fiquei tão seduzido pelo controle mental, que julguei ser a solução para os problemas de muita gente. Mas, graças a Deus, pelo poder do Espírito Santo fui convencido do meu engano e da minha ingenuidade e fui liberto”.

Certamente, essas técnicas de controle mental equivalem ao "fermento" das doutrinas da "nova era" que vão sendo assimiladas passivamente por vários sacerdotes, religiosos e religiosas, confundido a enfraquecendo a verdadeira fé cristã de cujo depósito a Igreja é detentora.





"O inimigo coloca até a isca de um padre ou uma religiosa para pescar incautos”


"Já conversei com mais de um padre dirigente de curso de controle mental da mente..."
Com franqueza Monsenhor Jonas confessa:

“Já dialoguei com vários sacerdotes, colegas meus, que fizeram o curso de controle mental. Constato que ficaram tão convencidos e auto-suficientes, que só a graça de Deus para convencê-los. O coração e a mente se endureceram tanto, que só o poder de Deus para romper a resistência. Já conversei com mais de um padre dirigente de curso de controle mental da mente... Mas veja: o inimigo coloca até a isca de um padre ou uma religiosa para pescar incautos”.

* * *

O corajoso testemunho do monsenhor Jonas Abib nos reporta ao que dizem as Escrituras sobre a cegueira de alguns sacerdotes ao tempo de Jesus.

“Embora tivesse feito tantos milagres na presença deles (os fariseus), não acreditavam nEle”. (Jo 12,27).





"Preferiram a glória dos homens àquela que vem de Deus”


Seus corações e suas mentes estavam endurecidos
Como vemos, os fariseus estavam cegos pelas doutrinas e ritos secretos que praticavam em segredo. Seus corações e suas mentes estavam endurecidos.

Por isso, também não podiam reconhecer o Cristo, ainda que em pessoa diante deles.

E conforme agem os adeptos das sociedades secretas, os fariseus exerciam forte influência no poder, como vemos adiante.

“Também muitos dos chefes creram nele (em Jesus). Mas por causa dos fariseus não o manifestavam, para não serem expulsos da sinagoga. Assim preferiram a glória dos homens àquela que vem de Deus” (Jo 12,42-43).

________

Fontes de consulta:

1 - ABIB, Jonas. Sim, sim! Não, não! pp. 88-99. Editora Canção Nova. 80ª ed. 2006.

Eclesiastes 3:13 E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.

Fonte: www.espacojames.com.br

sábado, 10 de julho de 2010



www.salvemaliturgia.com

Musica litúrgica - a Comunhão
Postado por Alfredo Votta
Sigamos, chegando ao último capítulo, nossa série de textos sobre o Próprio da Missa. Esta série começou no dia 14 de Fevereiro de 2010. Depois de quase quatro meses, chegamos à Comunhão, o último item.

Estes são os links para as postagens anteriores:

Introito
Salmo Responsorial
Gradual
Aclamação antes do Evangelho
Seqüência
Ofertório

*

A Santa Missa, celebrada em Rito Romano ou em qualquer dos ritos legítimos da Igreja, traz em si o estupendo milagre da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas. O milagre não só impressiona por si mesmo, mas também por ocorrer em todas as vezes que a Missa é celebrada, desde há quase dois mil anos: um milagre tremendo se repetindo incessantemente, um incontável número de vezes ao longo da história desde a sua primeira ocorrência, pelas mãos do próprio Deus, quando sua celebração foi instituída.

Acredito não errar demais quando digo ser este o acontecimento mais impressionante da Santa Missa. Em segundo lugar, mas igualmente fenomenal à compreensão humana, está a ideia de receber o Corpo do próprio Cristo como alimento. Isto é a Comunhão. Se ela não existisse, a transformação do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo já seria suficientemente espantosa. Mas que os fiéis sejam alimentados por estes elementos torna tudo ainda mais grandioso.

Na Missa, a Comunhão se faz acompanhar por música. Para a Forma Ordinária, eis as instruções da IGMR:

86. Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunhão que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e realça mais a índole "comunitária" da procissão para receber a Eucaristia. O canto prolonga-se enquanto se ministra a Comunhão aos fiéis. Havendo, porém, um hino após a Comunhão, encerre-se em tempo o canto da Comunhão.


Haja o cuidado para que também os cantores possam comungar com facilidade.


87. Para o canto da comunhão pode-se tomar a antífona do Gradual romano, com ou sem o salmo, a antífona com o salmo do Gradual Simples ou outro canto adequado, aprovado pela Conferência dos Bispos. O canto é executado só pelo grupo dos cantores ou pelo grupo dos cantores ou cantor com o povo.


Não havendo canto, a antífona proposta no Missal pode ser recitada pelos fiéis, por alguns dentre eles ou pelo leitor, ou então pelo próprio sacerdote, depois de ter comungado, antes de distribuir a Comunhão aos fiéis.


88. Terminada a distribuição da Comunhão, ser for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio. Se desejar, toda a assembléia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino.
Vemos que, assim como no Introito, toma-se a antífona do Graduale Romanum, ou a do Graduale Simplex; existe também a antífona do Missal, que nem sempre é a mesma do Graduale Romanum (nem é a mesma do Simplex). É interessante notar que a IGMR coloca a possibilidade de que essa antífona seja recitada pelos fiéis, ou por alguns fiéis, ou pelo leitor, ou pelo próprio sacerdote.

Desta forma, observamos mais uma vez que o Próprio da Missa, do qual a antífona da Comunhão faz parte, é essencial mesmo que a celebração não utilize música. O Próprio, de fato, é uma questão litúrgica antes de ser uma questão musical. Uma vez que o respeitemos e lhe demos a importância devida, ao utilizar música saberemos que ele não deve ser deixado de lado.

Já tivemos a oportunidade, aqui, especialmente no texto sobre o Introito, e mesmo em outros, de comentar a possibilidade de a assembleia não cantar determinadas partes da Missa (especialmente o Próprio). Normalmente, esta possibilidade não deveria causar controvérsia nem ser explicada de maneira especial, mas certos rumos tomados por algumas correntes de pensamento exigem que esta ideia seja explicada e defendida praticamente a cada vez que é mencionada.

A exigência de que a assembleia cante durante a Comunhão é especialmente sem sentido, já que a recepção do Santíssimo Sacramento não facilita o canto. Mesmo quando o fiel já tenha comungado e a espécie ou espécies não estejam mais em sua boca, é muito comum que deseje recolher-se em oração. Este espírito de recolhimento, que de outra forma permeia toda a Missa, faz com que música inadequada, prejudicial na Missa inteira, seja especialmente danosa durante a Comunhão.

Lembro-me especialmente de um conhecido canto de Comunhão, usado no Brasil em certo tempo litúrgico, que, desejoso de reproduzir as terças e notas repetidas de canções sertanejas, acaba criando uma atmosfera tão ruidosa durante este momento que muitos fiéis são colocados frente a mais um desafio: rezar e meditar apesar da música, e não com o auxílio dela.

Ocorre muito também que os fiéis se levantem para comungar e cantem até o momento em que recebem a Sagrada Comunhão; a partir de então, silenciam. Mesmo que depois voltem a cantar, existe uma inconstância no canto da assembleia, neste momento, que se coloca como mais um motivo para que, novamente, apenas o cantor ou grupo de cantores se encarreguem desta tarefa.

Terminada a Comunhão, tanto o silêncio sagrado como um canto devocional podem ser introduzidos. Na Quaresma, sem dúvida, é muito bom que se tenha o silêncio. O mesmo vale para outras celebrações com algum caráter penitencial, ou, quem sabe, Missas para Fiéis Defuntos, e mesmo no Advento. Fora dessas ocasiões, proceder a um canto devocional pode ser de grande ajuda aos fiéis. Acredito que isto varie conforme o lugar.

*

Para quem tenha lido os textos anteriores desta série, a Comunhão não apresenta grandes novidades. Apresenta, mesmo assim, algumas peculiaridades.

Assim como todos os outros itens do Próprio, a Comunhão tem seu texto específico para cada Santa Missa, a “antífona de Comunhão”. Muitas vezes esse texto é tomado do livro dos Salmos; numerosas antífonas, entretanto, utilizam texto dos Evangelhos. Um exemplo é a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, cuja Comunhão traz as palavras de Jo 19, 34:

Um dos soldados abriu-lhe o lado com a lança e, imediatamente, saíram sangue e água.

Esta comunhão se chama Unus militum, e se usa nesta data litúrgica em ambas as formas do Rito Romano.


Comunhão Unus militum
da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
em ambas as Formas do Rito Romano


Unus militum cantada por seminaristas da Diocese de Haarlem, Holanda

No vídeo a antífona é cantada do início até os 28 segundos. Segue um versículo, e aos 50 segundos a antífona surge novamente.

As melodias gregorianas para a Comunhão são de aprendizado menos difícil do que os Graduais e Ofertórios. Por esta razão, um lugar (paróquia, casa religiosa etc.) onde se deseje implantar o canto gregoriano, sem dúvida pode colocar a Comunhão entre os primeiros passos. Possivelmente o Ordinário da Missa deva ser abordado primeiro, mas não se demora muito até que se tenha habilidade para cantar também a Comunhão.

Cada Missa tem sua Comunhão própria. Entretanto, no Graduale Romanum publicado para o Rito Novo (a Forma Ordinária do Rito Romano), além de todas as Comunhões específicas, existe uma lista de sete, tomadas entre elas próprias, que são chamadas antífonas eucarísticas ad libitum. Elas podem ser cantadas em qualquer Missa.
Isto facilita muito o trabalho dos grupos de canto gregoriano. Se os cantores ainda não têm grande experiência, o fato de não poderem estudar uma Comunhão nova por semana poderia impossibilitar o uso do gregoriano nesta parte da Missa. A lista das sete antífonas é uma ajuda (e tanto!) do Graduale Romanum.

Um parêntese:
É verdade que às vezes alguns de nós reclamamos de certas imprecisões em documentos como a IGMR, o Missal, ou quaisquer outros. Com alguma freqüência constatamos que vários abusos litúrgicos encontram seu pretexto nessas lacunas (embora o simples bom senso os condene). Entretanto, não existe lacuna nem imprecisão, nos documentos da Igreja, que permita ao católico considerar, minimamente, que o canto gregoriano tenha perdido a sua honra e primazia no Rito Romano. Mesmo quem desconfia do Concílio Vaticano II pode verificar que ele mandou cultivar o gregoriano, mantendo a palavra que a Igreja sempre teve nesse aspecto. O papa Paulo VI mandou imprimir o livreto Jubilate Deo, em 1974, contendo o repertório gregoriano mínimo para toda paróquia. Foi compilado o Graduale Simplex, que até mesmo desagrada a alguns gregorianistas pela sua simplicidade, embora as fontes sejam tradicionais. O Graduale Romanum, prescrevendo a música específica de cada Liturgia, chega a um ponto quase extremo, em sua edição para o Rito Novo, de permitir que a música de qualquer dia, dentro de um certo tempo litúrgico, seja usada em outros dias do mesmo tempo litúrgico, eliminando uma dificuldade que poderia ser insuperável para alguns coros. Além disto, coloca também esta lista das sete antífonas eucarísticas ad libitum.

Fecho o parêntese.

Estas são as antífonas ad libitum:
1 – Ego sum vitis vera (Jo 15,5)
[Eu sou a videira]
Das sete antífonas eucarísticas ad libitum, quatro utilizam palavras do próprio Jesus Cristo. Esta é uma delas.

2 – Gustate et videte (Sl 33,9)
[Provai e vede]

3 – Hoc corpus (I Cor 11, 24-25)
[Isto é o meu corpo]
As palavras da consagração.

4 – Manducaverunt (Sl 77, 29-30)
[Comeram]
O salmo diz que os hebreus comeram até se saciarem, em clara aparição do maná como figura da Eucaristia.

5 – Panem de caelo (Sb 16, 20)
[O pão do céu]
No Livro da Sabedoria se fala do pão do céu, alimento dos anjos, que contém em si todas as delícias.

6 – Panis quem ego dedero (Jo 6, 52)
[O pão que eu hei de dar]
Palavras do próprio Jesus Cristo.

7 – Qui manducat (Jo 6, 57) [Quem come]
Novamente, palavras do próprio Jesus Cristo.

O leitor pode verificar que todos os textos destas sete antífonas são de temática eucarística, o que não necessariamente ocorre nas antífonas de Comunhão.
*

Muitas antífonas de Comunhão prescritas pelo Graduale do Rito Novo coincidem com aquelas dadas pelo Graduale do Rito Tridentino. No entanto, o Graduale do Rito Novo, em muitas datas, traz antífonas específicas conforme o ano litúrgico seja A, B ou C (o que não existe no Rito Tridentino).

Por exemplo: no Sexto Domingo da Páscoa (Rito Novo), existem três antífonas de Comunhão, uma para cada ano do ciclo de três anos (a antífona do ano C é a mesma usada todos os anos neste mesmo Domingo do Rito Tridentino):

-ano A: Non vos relinquam orphanos (Jo 14, 18)
-ano B: Ego vos elegi (Jo 15, 16)
-ano C: Spiritus Sanctus (Jo 14, 26).

São abundantes exemplos como este – não somente em Domingos do Tempo Comum ou da Páscoa, mas também em festas e solenidades.

*

Estou certo de que o leitor gostará muito de ouvir uma Comunhão polifônica. Já tivemos a oportunidade de ouvir o grande compositor padre Tomás Luís de Victoria, e desta vez nos voltamos para o flamengo Orlando di Lasso (1532-1594), cujo nome é citado de várias maneiras: Orlando di Lasso, Orlande de Lassus... Podemos ouvir no vídeo abaixo a Comunhão Lux aeterna, da Liturgia da Missa de Requiem. O texto:

Brilhe sobre eles a luz eterna, Senhor, na companhia de vossos santos, para sempre, pois sois bom.

em latim:

Lux aeterna luceat eis, Domine, cum sanctis tuis in aeternum, quia pius es.

... é o mesmo em ambas as formas do Rito Romano.


Comunhão Lux aeterna para Missa dos Defuntos, de Orlando di Lasso
Cantada por Pro Cantione Antiqua




*

Já concluída a série de textos sobre o Próprio da Missa, gostaria apenas de recapitular brevemente alguns pontos.

Como cada texto se devotou a uma das partes do Próprio, naturalmente certas questões deixaram de ser repetidas a cada nova parte. Mas é importante que as revejamos:

1
Obviamente, a menção ao latim não significa oposição ao vernáculo. A menção ao vernáculo não significa oposição ao latim. Desde o início, com a clareza de que ambas as opções são lícitas, não me preocupei mais em tocar neste assunto; mas agora, terminada a série, é importante sublinhar esta questão, já que às vezes ocorrem mal-entendidos.

2
Mesmo assim, convém reiterar que o latim é a língua oficial da Igreja, é a língua tradicional do Rito Romano e representa grau de solenidade maior do que o vernáculo.

3
As referências constantes ao gregoriano se devem ao fato de ele ser a música típica do Rito Romano. Falar dele não exclui outros tipos adequados de música. Falar dos outros tipos não exclui o gregoriano. Já escrevi aqui no Salvem a Liturgia sobre o status do gregoriano e da sua não-exclusividade. O texto é este.

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Mesmo assim, a Igreja coloca que a música da Liturgia Romana deve ter parentesco com o canto gregoriano, mesmo quando não seja canto gregoriano.

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Nenhuma das menções ao Rito Novo e ao Rito Tridentino importam em juízo de valor sobre qualquer um deles.

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O "canto final" não faz parte do Próprio, não sendo previsto pela Liturgia, até mesmo porque neste momento a ação litúrgica já terminou. O canto final é uma prática devocional, e sua presença auxilia muito na beleza da Liturgia, a qual, utilizando música em tantos pontos, terminaria de modo muito estranho se não tivesse música também. O tipo de música utilizado, sem dúvida, merece todo o cuidado em sua avaliação. É comum, em muitos lugares, que se utilize música instrumental, ao órgão.

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vamos evangelizar.

O dom do conhecimento dado por Deus é infinito, então fora a Santa Igreja Católica ninguém sabe de tudo.
O que você sabe que pode deixar registrado neste blog sobre a Liturgia da Igreja Católica? Iniciemos com a Santa Missa.

O Significado das vestes Sacerdotais.


Cân. 284 - Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pelas conferências dos Bispos e com os legítimos costumes locais.

Nota de rodapé do cânone 284: Após entendimentos laboriosos com a Santa Sé, ficou determinado que os clérigos usem, no Brasil, um traje eclesiástico digno e simples, de preferência o “clergyman” (camisa clerical) ou “batina”.

A batina é um sinal de consagração a Deus. Sua cor negra é sinal de luto. O padre morreu para o mundo, porque tudo o que é mundano não lhe atrai mais. Ela é ornada de 33 botões na frente, representando a idade de Nosso Senhor. São 5 botões nas mangas, representando as 5 chagas de Nosso Senhor. Também possui 2 presilhas laterais que simbolizam a humanidade e a divindade de Nosso Senhor. O padre a usa com uma faixa na cintura, símbolo da castidade e do celibato. Algumas possuem mais 7 botões na parte superior do braço, simbolizando os 7 sacramentos, com os quais o padre conforta os fiéis.

A batina é, também, um santo remédio contra a vaidade. Enquanto um homem comum precisa gastar tempo em frente ao seu guarda-roupas ou a um espelho verificando se este paletó combina com aquela camisa ou se a cor da gravata está adequada, o padre veste sua batina e pronto. Nem precisa perguntar “o que eu vou vestir hoje?”. Sua roupa é uma só! Por isso ela também é símbolo de fidelidade e constância. Nos batizados, o padre usa a batina. Se for um casamento: batina! Se for um aniversário: batina! E se for um funeral? Batina! Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… é sempre a mesma coisa. E não podia ser diferente, uma vez que o padre é o representante de Nosso Senhor Jesus Cristo que é o mesmo: ONTEM, HOJE e SEMPRE!